"Igreja Santa, Templo do Senhor"



"Igreja Santa, Templo do Senhor"
por Lucivan Santana
Impressiona-nos e entristece-nos o fato crescente de como a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é perseguida. Vemos o crescente investimento por parte de muitos, e absurdamente inclusive de dentro da Igreja, em tentar diminuir a sua identidade e sua glória[1]. E a isso percebe-se através da linguagem, em buscar e criar neologismos para dizer o que a Igreja não é; e não se preocupam em dizer aquilo que ela de fato é. Ao contrario destes, não nos preocupamos em dizer o que a Igreja não é, porque à isso a produção literária vem crescendo a cada dia e publicadas pelas nossas editoras católicas e outras.
Já nos advertia São Pedro de que o “vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar, resisti-lhe firmes na fé” (1Pd 5, 8-9), seria algo real. Estas palavras que são uma constatação e não uma hipótese, nos impele a estarmos vigilantes para as batalhas contra satanás. Consola-nos entretanto, em saber que “as forças do inferno não poderão vencê-la” (Mt 16, 18), e que seu fundador, permanece presente nela todos os dias e permanecerá até o fim dos tempos.[2]
A Igreja, para o qual “é a finalidade de todas as coisas” (CIC 760) não tem outra missão a não ser a salvação dos homens. Recebe a mesma missão de Cristo que diz “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21), portanto o poder de santificar: “Cristo ressuscitado, ao dar o Espirito Santo aos Apóstolos, confia-lhes seu poder de santificação” (CIC 1087).
O Papa Francisco na catequese do dia 02 de outubro de 2013, explica-nos: “Igreja é santa porque procede de Deus, que é santo, fiel e não a abandona em poder da morte e do mal [...] Ela não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa; é fruto do Espírito Santo e dos seus dons”. O Catecismo também nos ensina: “Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado, a qual Cristo ‘amou, pela qual se entregou, a fim de santificá-la (Ef 5, 26), que associou a si por uma Aliança eterna e da qual não cessa de cuidar como de seu próprio Corpo” (CIC 796). O mesmo catecismo nos apresenta novamente: “Embora congregue pecadores, ela é ‘Imaculada (feita) de maculados’” (CIC 867). Na promulgação do compêndio da Igreja Católica pelo Papa Bento XVI encontramos no parágrafo 165:
A Igreja é santa, porque Deus Santíssimo é o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para a santificar e fazer dela santificadora; e o Espírito Santo vivifica-a com a caridade. Nela se encontra a plenitude dos meios de salvação. A santidade é a vocação de cada um dos seus membros e o fim de cada uma das suas atividades. A Igreja inclui no seu interior a Virgem Maria e inumeráveis Santos, como modelos e intercessores. A santidade da Igreja é a fonte da santificação dos seus filhos, que, aqui, na terra, se reconhecem todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação.

“Igreja santa, templo do Senhor”, assim louvamos a Igreja que nos gerou para a eternidade. Sendo ela a Nossa mãe, qual filho que não se sacrificaria por ela? Ou como Santo Agostinho diz ao olhar para a cruz “Como não amar um amor assim? Sem medo também podemos aplicar à Santa Igreja.





[1] Por vezes chamada de “Jerusalém celeste”. Cf CIC 757
[2] Cf. Mt 28, 20

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