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Mostrando postagens de agosto, 2013

Itinerário Cristão

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Lutar, fazer a vontade de Deus e dar a vida – esse é o caminho do cristão, chamado pelo batismo ao anúncio do Evangelho, isto é, fazer com que o mundo se conforme a Cristo. Deste modo, a vida do batizado não deve estar longe dos incômodos e das intempéries que se apresentam no itinerário da vida, ao contrário, é amando a cruz do cotidiano, os desprezos e as humilhações que seguramente podemos dizer - Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (Gl 2, 20). Diante dos infortúnios podemos encontrar a tentação de querer nos afeiçoar ao mundo, buscando louvores dos homens e não agradando a Deus, assim, não se pode entender quando Nosso Senhor diz – O meu reino não é deste mundo (Jo 18,36) – e muito menos - Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus (Mt 5, 11-12a). Torna-se evidente, portanto, que a vid

Reflexões sobre o coração do homem (3)

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Am igos... As dificuldades cotidianas quando agudas parecem roubar-nos o chão da alegria, que enquanto expressão da realização pessoal dá-nos a impressão de que a vida perdeu o sentido, mas quando observado pelo ângulo da fé tal drama recebe um olhar consideravelmente fecundo: “Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro doida, ou santa.” (Adélia Prado) Tal dilema revela que partindo dos aspectos fundamentais desse sofrer podemos nos assumir desde lá para devolver-nos  ao outro com um desejo que colheu em nossas profundezas a percepção da crise como “ocasião de crescimento no plano humano e, não somente humano, como passagem do Eterno na vida do cristão, como hora de Deus .” (Amedeo Cencini) Aqui está a certeza de que “Nenhum sofrimento é absurdo. Está sempre alicerçado na Sabedoria de Deus” (são Tomás de Aquino), e mais, de que a felicidade começa pelo avesso dos grandes milagres, antes se trata do encontro dos nossos limites com Aquele que sustentando-nos n

Reflexões sobre o coração humano (2)

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O coração do homem e da mulher experimenta um drama fundamental sempre que se tem em mente um compromisso firme de começar ou terminar um projeto: trata-se de ser conduzido pela lógica de tornar-se uma expressão mais simples daquilo que propriamente acontece em nossos universos interiores. Interessante notar que o nosso melhor, quando bem intencionado, é sempre um dom ao outro uma vez que o Amor que um dia nos encontrou não sabe ser gracioso de uma forma que não seja a de “tomar a iniciativa, colocando em comum tudo o que possui. Por conseguinte é um amor que transforma.” (Chiara Lubich, 1992) Simplificar e amar se conjugam num mesmo tempo de entrega em cada oferta humana que é apresentada em meio a alegria de carregá-Lo “em vasos de argila” (2 Cor 4, 7), mas vamos considerar como nossa, uma santa dificuldade que são Francisco de Sales propôs: “Que devemos, pois, fazer para amar? Para isso, não precisamos de nenhum outro truque que não seja, simplesmente amar, tal como aprendemos a

Reflexões sobre o Amor (11)

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Amigos... De forma impressionante o Evangelho do último domingo recorda-nos de um dado pouco considerado: a prontidão do nosso coração em meio á “ausência” do Amor santifica-nos porque a criatividade Dele anda por caminhos, que ainda que estreitos, possa Encontrar-nos quando sabiamente O esperamos. Compreender um coração assim soa destoante uma vez que vivemos e nos relacionamos em contextos de pressa e correria ao ponto de que o cume dos esforços é pautado numa eficácia que o tempo todo não dá-nos o direito de parar um pouco e contemplar o mistério da Vida. Assim o coração de quem ama vive a experiência da contradição de caminhar sob a guia da fé certificando-nos que Ele vem (Lc 12, 40) e isso por si é propriamente um Encontro (Hb 11, 1) que nos mantém acordados (Lc 12, 37) pronto a abrir a porta ao menor sinal de que Ele está batendo do outro lado (Lc, 36). Aqui o coração em processo de conversão já experimenta uma felicidade que a frenesi da correria não nos permitiu: a realiza
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Confira a entrevista de três seminaristas  sobre a   Vocação Sacerdotal!

Reflexões sobre o Amor (10)

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A celebração do próximo domingo coloca-nos ao menos uma questão que toca todas as buscas humanas: o drama de realizar-se apesar das sombras cotidianas como um autêntico exercício de liberdade; aqui, recordo-me de que certa vez escutei Camelo e Dominguinhos tocar e cantar: “Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom”, interessante aqui, que tal trecho é o primeiro movimento da “Liberdade” (título da música em questão) porque no outro extremo está a sequência: “É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final” e isso permite-nos compreender que tal elasticidade demanda uma capacidade de escapar com maturidade diante da pergunta que nos aflige sob o véu da nossa correria: “De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol?” (Ecl 2, 22). Nesse espaço existencial se projeta a veracidade da profundeza do ser e que é propriamente a pedra de toque dos projetos contemporâneos: a liberdade – tão cantada nas ruas das cidades francesas e

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