A GRANDE RIQUEZA DO SACERDOTE


Deoni Alexandrino da Silva
Seminarista do 2° ano de Filosofia



O “sacerdote é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb 5,1). Eis aí a principal função de um sacerdote: oferecer sacrifícios para a santificação de todos.
Diferentemente do que todos pensam, o sacerdote não é um ser de outro mundo, mas é um ser humano como nós, detentor das mesmas misérias e limitações; a diferença está no fato de que ele é tirado do meio do povo, não por escolha nem por mérito seus, mas por eleição de Deus, a fim de a Este se entregar totalmente. 
Responder a esta vocação exige do eleito uma renúncia total de si: deve deixar família (celibato), bens (pobreza) e a sua vontade (obediência). E é nesta entrega total de si, que ele encontra sua realização, a sua salvação. Porém, para que ela aconteça, o sacerdote deve crer e saber que o sacerdócio não é um ministério dele; que quando diz: EU TE ABSOLVO DE SEUS PECADOS, EU TE BATIZO..., ISTO É O MEU CORPO..., ele o está fazendo em nome de Jesus, o único Sumo Sacerdote. Esta é a grande riqueza do eleito: ser pobre. Ele não possui nada de seu: prega uma Palavra que não é sua, exerce um ministério que não é seu, mas é apenas um servo que foi escolhido para cuidar dos outros servos, dos bens do Senhor, o qual um dia voltará e pedirá contas de seu trabalho.
Portanto, o sacerdócio não é um direito, mas uma eleição que exige uma renúncia total de si, a ponto de nem ter uma Palavra sua. É um transfigurar-se a Cristo, Sumo Sacerdote, que não cessa de entregar sua vida por amor às ovelhas.

Comentários

  1. Deoni, meus parabéns pelo artigo, que Deus continue suscitando em nossos corações o desejo de se entregar por amor a Ele.

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