SABER QUE EDIFICA


Ao invés de amar os outros, a pessoa sentimental ama o seu comodismo. Que pensaríamos de um cirurgião “tão bonzinho” que não tivesse a CORAGEM de operar uma pessoa jovem de um tumor maligno porque seria “doloroso demais”? Seria um criminoso por omissão. Em muitas ocasiões na vida, é preciso abrir e cortar, ainda que doa, para ajudar a curar; quando o “paciente” recuperar a saúde, agradecerá aquele gesto nada sentimentalóide. Os pais e os educadores deveriam meditar nisto seriamente.

O receio de enfrentar dificuldades pode potencializar no sentimental a tendência a agarrar-se á infância, dando-se à flagrante aberração de pessoas crescidas que se comportam como crianças mimadas: caprichosas, cheias de dengos e teimosias. E como nem sempre a vida nos trata com dengos e mimos, mas com pauladas e safanões, as reações são as mesmas da criança contrariada. Pouca coisa séria se poderá fazer na vida se não se supera essa infantilidade que impede de abraçar a vida com as suas alegrias, mas também com as suas penas.

Como dizia o literato Thomas Mann: “Quem não foi educado pela dor permanece sempre criança”.

Abraços!!!

Fonte: CINTRA, Luiz Fernando. O sentimentalismo. São Paulo: Quadrante, 1994.

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